Você já ouviu aquele ditado "quem cala consente"?
Não sei se é a idade chegando, mas a cada dia fico mais cansada de contra argumentar, de "bater boca" nas redes sociais, de dar a minha opinião sobre tudo e todos. Porém, o meu silêncio não significa que concordo, apenas que estou cansada.
Cansada de ter que discutir, de ter que falar e dar uma opinião, pois a verdade é que não querem ouvir a minha voz, querem apenas provar que seus argumentos estão certos. Estou cansada de ouvir, ouvir tanta barbaridade!
As redes sociais facilitaram e encorajaram as pessoas se expressarem, mas também, diminuiu a empatia para com o outro. Falo o que penso, afinal "Viva a liberdade de expressão!", mas não meço as consequências e nem assumo a responsabilidade das minhas palavras. Me esqueço que elas também destroem e ferem.
Queremos a liberdade, mas sem a responsabilidade.
Queremos relacionamentos, mas sem o esforço de caminhar junto... comer um quilo sal juntos!
Queremos ser uma voz, mas para comunicar o quê?
Tiago 3 fala do poder da língua. Poder para gerar vida ou para trazer morte.
Sua voz tem gerado vida ou morte para as pessoas que a está ouvindo?
Percebo na minha vida que nos momentos onde estou mais inquieta, onde meus pensamentos estão à mil... São nesses momentos em que não encontro palavras.
Há tanta coisa acontecendo aqui e agora, que não consigo organizá-las e colocá-las para fora.
Mas quando silencio a minha alma, ouço uma voz...
Há uma voz queimando dentro de mim;
Uma voz que me coloca nos trilhos novamente;
Uma voz que me mostra a big picture e mostra o caminho a seguir.;
Uma voz que me mostra quem sou e o seu propósito para mim.
Porém, enquanto ficarmos ocupados com as vozes externas ou preocupados da nossa voz ser ouvida, não iremos ouvir com clareza A VOZ que transforma e dá significado a nossa vida.
Que antes de falarmos, possamos ouvir A VOZ e compartilhá-la com as pessoas ao nosso redor, levando vida e restaurando a Shalom. Amém.