quinta-feira, 22 de abril de 2010

A metafísica do amor

"Para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e Seu Filho Jesus Cristo" ( 1 João 1:3). O "ponto crucial" ou o resultado prático do paradoxo teológico da encarnação é a oportunidade religiosa de relação, ou intimidade, com a Realidade suprema. Essa é a solução mais radiacal para o problema fundamental da metafísica: como conhecer o Ser. O Ser ("Sou") também se tornou pessoa ("Eu"), e constata-se que o conhecimento é casamento! O objeto da metafísica propôs casamento ao metafísico. Isso é algo totalmente inesperado, como se Newton, ao descobrir a gravidade, tivesse ouvido uma voz vinda de toda a gravidade do universo: "Você quer se casar comigo?" É como se o quadrado da hipotenusa declarasse estar apaixonado por Pitágoras. Apenas o amor poderia motivar essa loucura. Os braços estendidos de Cristo na cruz são a resposta de Deus à nossa pergunta infantil: "Quanto você me ama?"; "Esse tanto!" Quão grande é essa extensão? É a distância entre o céu e a terra que foi transposta pela encarnação, e era a distância entre o céu e o inferno que foi transposta pela nossa salvação. Cristo é a revelação, ou a realidade, suprema de Deus, do mais supremo segredo da metafísica. A busca metafísica do homem encontra sua realização terrena final no Gólgota, o "lugar da Caveira", no qual o mundo assistiu ao mais dramático evento da história: a morte e a vida travando um combate milagroso. A vida não venceu a morte pela força, mas pelo amor. O pequeno Cordeiro derrotou a grande besta usando sua arma secreta: seu sangue, seu amor. Ele deixou a besta, como um Drácula invertido, beber seu sangue. Ele poderia nos redimir com uma gota de sangue; por que sofreu uma morte tão sangrenta? Porque tinha mais sangue para dar. Para escandalo dos estudiosos, a resposta de Deus a nossa busca metafísica não é um conceito nem um símbolo mítico, mas essa obra. Você consegue ver a natureza da realidade suprema quando olha para um crucifixo. Há mais sabedoria metafísica no olhar sincero de uma única criança cristã qua nas mais altas experiências místicas do sábio ou do guru, e que no mais excelente dos sistemas filosóficos de um Platão ou de um Aristóteles. Eles podem conhecer a experiência do Ser ou o conceito do Ser, mas a criança cristã vê a face do Ser.

Texto extraido do livro: "Jesus, o maior filósofo que já existiu"
- Peter Kreeft.

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