quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Minha primeira vez


Eu me lembro da primeira vez, tão novinha, não sabia onde estava, o que iria acontecer e como isso marcaria minha história para sempre! Eu não seria mais a mesma...
Meus pais que me levaram ao lugar também não imaginavam que eu iria ouvir, na verdade, até eles não sabiam o que iriam ouvir naquela noite.
Como disse, era muito novinha, pequena. Minha perspectiva era outra, tudo parecia grande, enorme, encantador.
Estávamos numa arquibancada coberta. O lugar estava lotado, e com dificuldade conseguia ver, lá embaixo, um palco e algumas pessoas.
Não recordo como foi tudo...
Lembro-me que a maior parte fiquei brincando com minha irmã e nossas Barbie’s. Mas teve um momento que parei. Sentei-me no colo do meu pai, para enxergar melhor e passei a prestar atenção no senhor que estava falando.
Ele começou a nos contar uma história e eu adorava (adoro!) histórias!
Comecei a gostar de ouvi-lo, ele era um ótimo contador.
A história era assim:

“Havia um viúvo que trabalhava como levantador de uma ponte. Ele era responsável para erguê-la toda vez que um transatlântico se aproximava. Esse senhor era pai de um menino, que como toda criança, gostava de brincar em todo lugar.
Num belo dia, feriado de verão, o pai teve que levar o filho ao trabalho, pois não havia ninguém que pudesse ficar com o menino. Como todo pai, deu as devidas advertências: não mexer em nada, não brincar em lugares perigosos e ficar sempre por perto. Mas como toda criança, o filho não seguiu as devidas advertências do pai, seguiu seu instinto aventureiro, desbravador e foi brincar bem no meio das engrenagens da ponte. Por descuido, escorregou e caiu entre elas e ficou preso.
O sinal tocou, era o aviso que um transatlântico se aproximava e que o pai deveria levantar a ponte. Mas algo lhe apertou o coração e o filho veio-lhe a mente. Passou a procurá-lo desesperadamente, a clamar por seu nome e o encontrou preso entre as engrenagens da ponte.
Tentou de todas as maneiras retira-lo de lá, mas o tempo era pouco e nada o alcançava lá embaixo.
Olhava pela janela de sua cabine e via o imenso navio, lotado de desconhecidos e olhava para as engrenagens e via o seu único filho, tudo que restava de seu amor.
Tinha que fazer uma escolha tinha que sacrificar algo.
Alguém teria que dar a vida para que o outro continuasse vivo. Seu único filho ou a multidão desconhecida?
Não havia mais tempo e a escolha foi feita.
O pai, em lágrimas de desespero puxa a alavanca para a ponte subir, sacrificando a vida de seu único filho por pessoas desconhecidas, que nem o conhecia.
Quando o transatlântico passa por baixo de sua cabine ele ouve os risos de pessoas bêbadas, pessoas promiscuas que nem imaginavam o que aquele simples empregado tinha sacrificado para que eles pudessem viver. Seu único filho, tudo que restava de seu amor, todo o seu amor!”

Essa história cativou o meu coração, encheu meus olhos de lágrimas, mas algo dentro de mim dizia que estava envolvida nela, mais do que imaginava.
Continuando, o pregador comparou o pai levantador de pontes com Deus, e seu filho com Jesus.
Ele nos disse que como aquele senhor, Deus Pai sacrificou a vida de seu único filho para que nós pudéssemos viver!
Ele entregou tudo, todo a Seu amor por nós, por mim, mesmo quando eu ainda não O conhecia.
Apesar de eu possuir na época apenas 7 anos, aquela história ficou gravada no meu coração. E naquela noite, sem saber o que estava fazendo orei, pedi perdão para Deus, um Deus que não sabia que se importava tanto comigo até então e que conhecia apenas de ouvir falar, mas que achava que estava bem distante.
Orei, simplesmente pedi perdão. Não sabia o porquê, mas sabia que tinha que pedir. E me vi inundada de um amor inexplicável, que não era digna.
Voltei para casa...
Continuei vivendo meus 7 anos...
Mas essa história nunca mais saiu do meu coração. Esse amor me cativou e mudou-me para sempre!

Essa foi minha primeira vez. A primeira vez que O ouvi. A primeira vez que Seu amor me inundou. E nunca mais fui a mesma!

Oro para que todos possam ter sua primeira vez com o Senhor, pois acredito que todo aquele que O conhecer verdadeiramente se apaixonará, terá o coração cativado por esse amor inexplicável!

Desejo a todos um excelente 2008!

Que o amor de Cristo inunda nossos corações.

Bjss

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa história é muito liiinda!
Linda meeesmo!


Ju, amo muito você!
Obrigada por tudo, obrigada por pegar no meu pé, desde do começo né?! cultos de domingo, eu fugindo de, em TODOS!
ojsojaosjajosjaosjoa
Mas não me arrependo nenhum pouco de ter ido naquela acampamento, onde minha vida mudou totalmente!
te amo muito!
obrigada por tudo!


beeeijo

Anônimo disse...

bom, de boa? eu nao tenho o que comentar do texto, so nao tem o que falar!


Ju te amo DEMAIS!!
estou MORRENDO de saudade de voce!!!

SE CUIDA ! hahaha


beeijos

Fernanda Wicher Martin disse...

bom..toda vez q eu ouco essa historia eu choro! é demais!

:):)

Bjoooo jubyss!

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